Tentar descrever o amor em palavras seria muita presunção de minha parte. Não tenho a menor intenção de fazê-lo, mesmo porque não teria tal capacidade. Venho mais uma vez falar da unicidade do meu sentimento, que é algo que nunca realmente senti na vida, e que não consigo encontrar palavra para explicar, portanto banalizo frequentemente o uso do amor, que tem diversas formas: materno, fraterno, pelos filhos... mas quero falar do amor em sua plena forma, no encontro das almas em sintonia entre os casais.
amor
- 1.forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
- 2.atração baseada no desejo sexual.
Mas não é assim tão simples, é? Essa simples definição de dicionário não condiz nem um pouco com a realidade. Desejo sexual? Muito. Forte afeição por outra pessoa? Com certeza.
Mas e aquele calafrio que dá quando escuta a voz da pessoa? Ou a dor no coração que dá quando perdemos uma chamada e não conseguimos retornar? Ou a completa falta de sono e taquicardia ocasionada por uma simples mensagem? Ou apenas por saber que a pessoa está pensando em você?
Os sorrisos bobos que insistem em se formar com a mera menção ao seu nome ou por uma fotografia vista, ou por uma música qualquer que escutaram certa vez e reclamaram de ser muito ruim. O calor no coração quando abraçamos ou beijamos, ou as lágrimas derramadas por uma briga. O desejo desenfreado de consertar as coisas logo e entregarmos novamente nossos corações uns aos outros e fazer as pazes... ao telefone, por mensagem, conversando, o que quer que seja... mas logo. E selarmos enfim entregando também nossos corpos, para ao fim dormirmos em paz, nos braços um do outro.
Nada disso nos ajuda, no entanto, quando vem a decepção de um amor que nunca vai acontecer.
Mas esse sentimento é tão louco que por vezes esquecemos, e todas aquelas coisas boas voltam e somos capazes de sorrir de novo, porque a felicidade da pessoa é tão mais importante que qualquer relacionamento que poderíamos ou não ter.
E sentir que o amor é tão forte que é maior que si mesmo. É capaz de nos fazer feliz mesmo com o desamor, com o impedimento de estarmos juntos... ficar feliz pelo simples fato de um dia saber o que é amar. E não há nada no mundo que me faça querer tirar esse sentimento de mim.
Porque eu nunca soube o que é o amor... ouvia todos falando sobre ele, e declamarem suas maravilhas. Mas ninguém realmente entende até que o sinta. E ele é capaz de fazer loucuras na nossa mente, e pensar em toda uma vida em uma rota alternativa, onde tudo é possível e estaríamos juntos em Londres, Paris, Barcelona, não realmente importa... com seus filhos, que chamaríamos de nossos, selando cada fim de noite com um beijo e um "Boa noite, meu amor!"
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