6 de fev. de 2016

Eu o amo

Sempre disse que eu nunca seria dessas tolas apaixonadas que vivem declamando seu amor aos quatro ventos e sofrendo por alguém. 

Mas isso foi antes.

Não que nunca tenha me apaixonado e sofrido. Isso já aconteceu antes, mas nunca foi amor. Era paixão, era ilusão... Agora é real, quase palpável.

Está escrito na minha testa, nos meus olhos, nos meus pensamentos, na minha pele... cada partícula do meu corpo quer você e quer mostrar pro mundo inteiro quem você é, quer te admirar e quer compartilhar a vida.

Sempre tive dificuldade com as palavras "eu te amo" e acho incrível como consigo pronunciá-las tão facilmente quando se trata dele. Poderia dizê-las todo dia, a todo momento, pra todo mundo.

Porque é a verdade. Eu o amo. Não da forma egoísta de tê-lo pra mim... Não preciso disso, só preciso que ele esteja na minha vida de alguma forma, que ele seja ele mesmo, que ele seja feliz.

Eu o amo. Por cada defeito e qualidade. Em cada riso ou choro. Em cada segundo de briga ou de carinhos. A cada palavra trocada e cada abraço. Cada resposta mal criada e cada desculpa. Por todas as vezes em que desligamos o telefone um na cara do outro só pra retornar em seguida. Por todas as músicas ruins que me fez aprender. Por aprender a gostar da minha banda preferida. Pelo seu dom de me fazer rir quanto o que eu mais quero é chorar, e por acalentar meu choro quando as lágrimas insistem em cair ou até mesmo quando finge brigar comigo por isso.

Eu o amo por toda a sua história de vida, por cada momento de superação e por cada reviravolta. Eu o amo até mesmo por todas as vezes em que me fez chorar por achar que tinha te perdido ou que te perderia em breve. Eu o amo por sempre querer ajudar, mesmo que sejam desconhecidos.

Eu o amo por toda vez em que eu quis te colocar no meu colo e tirar todas as dores do seu coração. E pelas vezes em que quis tirar toda a sua roupa e tirar de nós dois toda essa tensão que nos cerca.

Eu o amo por todo olhar, por toda covinha, por cada marca. 

Por tudo.

I love you

Há muito tempo não escrevo. Não por falta de vontade e sim por falta de assunto. Não quero ficar aqui me repetindo sobre a mesma coisa, que é basicamente tudo o que está acontecendo na minha vida.

Mas hoje está sendo inevitável.

Hoje é sábado de carnaval. Eu tô sozinha em casa e fui eu quem escolheu isso. Porque eu sabia o que ia acontecer... Chegar numa casa cheia de pessoas e fingir sorrisos ou esconder lágrimas. Fingir uma felicidade que eu não tenho para não estragar o divertimento alheio. Eu ficaria sozinha num mar de gente.

Mas claro que o motivo da minha escrita tem nome e sobrenome muito conhecidos no meu coração. Ele foi viajar com a namorada, o filho e um primo. E eu insisti muito para que ele fosse, quando relutou em me deixar nesse momento de dor que estou passando atualmente. "Que tipo de amigo eu seria em ir e te deixar sozinha sem ter como voltar rápido?".

Mas que tipo de amiga eu seria em fazê-lo ficar por mim? Meu amor por você é tão grande que ultrapassa as minhas barreiras de egoísmo e eu jamais faria tal coisa. Na verdade, eu fiquei feliz por ter ido.

Agora eu tô morrendo de saudade, mesmo tendo menos de 24 horas que nos falamos e estou morrendo de ciúmes porque está com ela e não comigo. Porque ele é dela e não meu. Porque essa é uma luta que eu nunca ganharia.

Eu continuo sendo grande defensora da amizade entre homem-mulher. E eu sou acima de tudo amiga, assim como ele é meu melhor amigo. E sim, pode ter amizade desse tipo sem amor. Mas esse não é nosso caso.

Eu sou completamente apaixonada por ele. De uma forma que me faz escutar (e cantar!) pagode e sertanejo na sala enquanto rio e choro ao mesmo tempo. 

Porque eu tô devastada de ciúme e saudade, mas tô muito feliz por saber que está onde quer estar e desejo mesmo que esteja se divertindo muito. E vou tentar não pensar que nesse momento você está deitado ao lado dela, e não do meu.