E finalmente o "depois" chegou. Com 22 dias de atraso, mas chegou.
E foi difícil. Eu vi todos aqueles momentos, risadas e piadas idiotas voltando, eu me vi feliz de novo. Pude visualizar de novo um futuro agradável.
Pude ver a preocupação nos seus olhos, a covinha no sorriso, sentir o perfume que até agora está em toda a minha casa. E veio pra me provocar, com o terno que eu morro de vontade de arrancar e vê-lo espalhado pelo chão da casa enquanto estamos juntos no quarto, com sua perna sobre a minha impossibilitando qualquer chance de eu conseguir me mover durante a noite. Noite que eu fico feliz em passar em claro observar sua serenidade ao dormir e me perguntando se está sonhando. E quando finalmente durmo, logo é hora de acordar e vejo sua relutância ao levantar no dia seguinte, quando temos que voltar à realidade de nossas vidas, e desejo só mais 10 minutos, daqueles que duram horas, e ambos chegamos atrasados porque a força de atração do quarto é 50 vezes mais forte quando estamos juntos. Foi necessário muito autocontrole pra não te puxar pela gravata e trancar a porta para que não possa sair.
Mas eu só vi isso na minha imaginação. Porque na realidade nós conversamos. E não foi agradável, não foi feliz. Foi... necessário.
Foi preciso mostrar o que está acontecendo, colocar nas mesas as cartas que estou tentando usar e não consigo. Precisei demonstrar minha fragilidade e as causas dela.
E ficou a promessa da amizade. Dessas promessas que sempre fazemos quando encontramos alguém do passado: "vamos marcar algo" ou "devemos reunir a galera" ou "vamos viajar".
Sem expectativas.
Definitivamente com um gosto amargo, não apenas pelo café que compartilhamos, mas pela saudade desencadeada e pela desilusão de um amor que nunca acontecerá.
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