Hoje eu fiz exame de sangue... e todo mundo que me conhece sabe do meu pânico irracional de agulhas. Eu não tenho problemas em sangrar, o que eu não gosto é daquele objeto maligno perfurando minha pele... [só de pensar começo a ficar fraca, e daria pra perceber se esse texto fosse manuscrito].
Eu sou o tipo de pessoa retardada que quando fica nervosa, começa a rir e fazer piada de tudo. E com isso eu fico parecendo louca no consultório e minha veia desaparece! Resultado: mais agulhadas e um período maior de medo. Eu, uma criatura de 16 anos, preciso da minha mãe comigo para fazer exame de sangue porque senão eu desmaio, pode isso? E minha mãe tenta me enganar, falando que a enfermeira sequer pegou a agulha (sim, eu escondo meu rosto no corpo dela pra não ver este objeto demoníaco), mas eu sinto ela perfurando minha pele, remexendo todo o meu sangue, sugando minha vitalidade...
Eu tentei relaxar, tentei ficar calma... elas começaram a falar de Harry Potter comigo, eu imaginava que estava salvando a vida de alguém fazendo isso... Mas de nada adianta! Eu continuei rindo que nem uma retardada, fazendo drama e chorando. (sim, chorando!) A enfermeira não achou minha veia nos braços... então foi para a mão. Aí sim ela conseguiu, depois de muito custo! Mas cá estou eu, sem conseguir escrever direito (mesmo depois de várias horas) porque ela danificou minha mão, drenou meu sangue e tirou minha força vital! Ela me venceu!
E no fim estava eu pedindo minha mãe para secar minhas lágrimas (seque minhas lágrimas, Jooorge.. eu não consigo). Saí daquela sala de horrores e me deparei com uma garotinha, que deve ter seus 3 anos de idade, me olhando com curiosidade. Ela é muito mais corajosa que eu.
Senti pena quando a vi tomar meu lugar naquele lugar tenebroso... Dei as costas e saí daquele consultório sanguessuga (literalmente!) o mais rápido que pude, sem sequer olhar para trás!
Depois disso... foi comer (afinal, você tem de ficar mais de 8000 horas de jejum para tirarem seu sangue) e coloquei bastante catchup, porque é vermelho e substituiria o sangue perdido.
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