27 de jul. de 2011

"O tempo cura tudo"

O que as pessoas gostam de dizer para as vítimas é que o tempo é um grande curandeiro. O grande curandeiro é o que elas dizem, como se o tempo fosse um médico. Mas depois de pensar seis anos sobre o assunto, tenho uma impressão diferente. Tempo é o cara do parque de diversões que pinta camisetas com aerógrafos. Ele borrifa a cor em névoa fina até que fiquem apenas partículas flutuando no ar, esperando para se fixar em algum lugar. E o resultado disso tudo, o desenho na camiseta no fim do dia, é que tem muito pouco para ser visto. Suspeito que aquele que comprou aquela camiseta no fim do dia, o único grande freguês do perpétuo tema do parque, seja quem for, acorda de manhã e se pergunta o que foi que viu nela. Somos a pintura dessa analogia, como tentei explicar para Charlie quando mencionei isso um dia. O tempo é que nos dissipa.

(O Enigma do Quatro, página 28 - Ian Caldwell e Dustin Thomason)

25 de jul. de 2011

Harry Potter 7.2 - the end.

15/07/2011. Sexta-feira foi o dia em que o último filme chegou ao cinema... A última fila, a última conversa com pessoas aleatórias, a última vez em que eu presto atenção na conversa de pessoas aleatórias antes do filme... porque sei sobre o que elas estão conversando... e sei também que o assunto me interessa.

Confesso meu crime: estava na fila da minha sessão quando vi outra sessão entrando e não tinha quase ninguém na fila... entrei na sessão deles e não me arrependo. Eu estava no lugar perfeito do cinema, parece que estava guardado especialmente para mim... e eu tenho de agradecer muito à minha prima pelo meu ingresso, e mais ainda por ela ter me dito que se eu comprar ingresso pra qualquer filme próximo do horário da exibição do outro, eu posso entrar e simplesmente entrar na fila de Harry... O que fez minha mãe assistir o filme comigo. Tudo bem que minha mãe não é a melhor companhia para se ver Harry Potter, mas era muito melhor do que ver sozinha.

Durante todo o filme, eu tive uma sensação muito grande de satisfação, vendo o filme mais fiel ao livro sendo exibido. Um misto de alegria e tristeza tomou conta de mim... Eu chorei, ri, gritei, fiquei orgulhosa, quis brigar...! Confesso que tinha muitas expectativas para esse filme, mas ele me surpreendeu ainda mais! Algumas mudanças estratégicas fizeram-no ficar praticamente perfeito.

E, no fim do filme, no epílogo, não havia uma única pessoa no cinema que não chorasse vendo todos os anos irem embora, foi um silêncio compartilhado que só os grandes fãs dessa saga entendem... Eu, em particular, fiquei olhando para a funcionária que acendeu as luzes, como se ela tivesse culpa do vazio que eu estava sentindo.

Mas agora... parte de mim conhece esse vazio e sente ele aumentando, mas a outra está agradecida por ter conhecida essa saga e por ter conhecido tanta gente através dela.

E, com os créditos finais subindo, com a música conhecida por todo pottermaníaco, o cinema todo, às lágrimas, aplaudiu... aplaudiu o filme épico, os atores que cresceram conosco, os diretores, e, principalmente à Joanne Kathleen Rowling, a gênia por trás de tudo. Aplaudiu... porque era a única forma de demonstrar nossa gratidão por tantos anos, por tantas aventuras e por tantas amizades feitas a partir disto. Aplaudiu... porque não havia mais nada que poderia ser feito naquele momento.

Muito obrigada por tudo, J.K.

14 de jun. de 2011

E esse ciúme que se apodera de mim e dos meus pensamentos, me impedindo de agir com clareza ?

Eu não suporto vê-la com você, não suporto que ela esteja no meu lugar e não tenha nada que eu possa fazer quanto a isso... Eu sei que não estou presente como gostaria, mas me dói saber que essa distância está aumentando, depois de tanto tempo conseguindo estabilizá-la.

Me desculpa se não estou sempre ao seu lado, mas eu gostaria tanto de estar... E eu sei que nossas vidas estão seguindo caminhos diferentes, mas é difícil pra mim perder minha melhor amiga mais uma vez.

Só espero que ela esteja presente quando você precisar e que te deixe feliz.
Eu te amo.

12 de mai. de 2011

vergonha

A cada dia que passa, sinto mais vergonha dos seres humanos. Cada vez mais, eles buscam bens materiais e esquecem da essência de conhecer a si mesmo e ao próximo, de ter empatia e saber lidar com as desavenças, de procurar sempre fazer o bem, independente do que se ganhe ou não com isto, se preocupar com o futuro da nação e do planeta.

Não é difícil encontrar pessoas de má indole por aí, procurando crescer sem importar-se com quem sofrerá com isto. Pessoas que desprezam as leis, como se para nada elas servissem; Pessoas que não ligam de sujar as ruas, pois "sempre tem o gari para limpar". Imagine um lugar onde ninguém joga porcarias na rua e todo o dinheiro investido nessa limpeza fosse direcionado para outras áreas, como a educação ou a segurança.

Um lugar onde a impunidade fosse inadmissível e que políticos e policiais corruptos fossem corretamente punidos. Um lugar onde pudéssemos sair sem nos preocuparmos se iremos ou não voltar para casa em segurança... Um lugar em que eu teria prazer em dizer: "esse é o meu lar!".

Mas tudo o que eu sinto ao sair da rua, é vergonha por fazer parte de um planeta onde os agressores são os mais atingidos por suas próprias ações e sequer se tocam disto. Vergonha por ter de dizer que faço parte da mesma espécie desses estúpidos animais. E, a cada papel jogado no chão ou a cada policial corrupto que aceita propina para não levar violadores da lei à delegacia, eu sinto minha esperança no ser humano se esvair.

É por isso ou outras séries de motivos, que me orgulho de ser diferente e de não cooperar com essas pessoas. Que sinto orgulho de mim mesma por não saber me socializar com estas pessoas.

28 de abr. de 2011

Eu sinto como se estivesse, aos poucos, perdendo todos os que eu gosto. Como se todos estivesses se afastando, ou talvez eu esteja me afastando, sei lá.

25 de abr. de 2011

Meus assuntos ultimamente são: faculdade, show do Avenged, universidade, show do A7X... e só!
NÃO TEM NADA DE INTERESSANTE ACONTECENDO!

Então vamos lá... como já fiz um post sobre o show, agora falarei da faculdade rs

Hoje começaram as provas... não são tão absurdamente tenebrosas quanto achei que seriam, mas ainda assim são difícies. Mas enfim...

Meu círculo social está se normalizando, ou seja, diminuindo. Meu cérebro, aos poucos, vai fazendo triagem e excluindo aquelas pessoas que não acrescentam em nada na minha vida. Pode parecer grosseiro, mas é a mais pura verdade. Afinal, quem quer ao lado uma pessoa que não te ajuda em nada, não te escuta, não tem palavras de solidariedade quando precisa, não tem iniciativa pra fazer nada? Bom, eu não quero. Também não quero fazer trabalhos  para outras pessoas. 

Eu simplesmente adoro o curso que eu escolhi (que fiquei meses pensando e no fim, mudei), adoro meus professores, adoro a faculdade... mas ainda tenho bloqueio social. Não gosto de pessoas (muito) lerdas, e minha turma ficou, no total, 3 horas para entender um mísero trabalho que, em menos de 30 segundos, eu expliquei pra várias pessoas que entenderam. Desculpa, mas se tem algo que o CDM me ensinou, foi a fazer as coisas rápido; Afinal, eu nunca tinha nada pra fazer, mas quando tinha, era pra ser feito em menos de 5 minutos.

Ah, eu sinto falta do CDM... sinto falta de rir com o Dan, de perturbar o Adhemar, de passear nos corredores com o Felipe, de falar pro Jonathan que não gostava dele, de não entender o que o Renan falava, até do Dejair me perturbando... Mas não sinto falta de me sentir obrigada a ir pra lá fazer nada. Afinal, fazer nada em casa é muito melhor.

E agora eu já me desviei do caminho e não tenho nada pra dizer. Então...

See ya :*


7 de abr. de 2011

♪ Tonight We All Die Young

02/04/2011: Quase 12 horas de fila e aflição... pensei que ficaria sozinha em um lugar onde não conhecia ninguém. Coloquei crédito no celular e pensei: "vou mandar mensagens o dia inteiro" e eu realmente fiz isso... Mas não por falta de assunto ou pessoas para conversar, e sim porque gostaria que meus amigos estivessem lá comigo, compartilhando da minha alegria... e mesmo que sabendo das coisas por mim, eles estavam lá de alguma forma.

O dia foi perfeito, conversei com pessoas que até então não conhecia, vi novos pontos de vista, reconheci pensamentos em comum e me diverti. Sim, me diverti muito. Dizem  que brasileiro adora fila, e se todas as filas fossem assim... AH, EU ESTARIA EM TODAS.

 Mas estar lá dentro, escutar a voz deles, sentir a presença dos meus maiores ídolos tão perto de mim... isso não há preço de ingresso que pague a energia que eu vibrava pelo meu corpo lá no citibank. E quando o show começou e cada parte do meu ser gritava de felicidade... naquele momento eu soube o que é ser a pessoa mais feliz do mundo. E essa sensação está comigo até agora. A cada música que tocava, uma nova onda de emoção corria por mim e é um sentimento indescritível. Toda a minha revolta por não ter ido ao SWU, todo o meu medo de sair de lá machucada por ser empurrada na "rodinha punk", tudo isso sumiu. O birlho do olhar de cada uma daquelas pessoas que estavam comigo naquele lugar não é algo sobre o qual eu tenha capacidade de escrever.

Estar lá, com meus amigos e pessoas que conheci na hora e que levarei para sempre comigo, foi a segunda maior emoção da minha vida.

(Porque a primeira da minha lista, foi no dia seguinte (03/04/2011) quando eu consegui falar com eles e tocá-los... [e sim, eles são de verdade!!])